sábado, abril 21

Educação Permanente X Educação Continuada

A professora Marina, da Escola de Enfermagem - USP, enviou-me os TCCs das suas alunas Carina e Débora das quais publico os resumos em inglês, nos posts abaixo, e copio os trabalhos completos no blog Arquivo de Pesquisas (http://arquico.blogspot.com/).

Elas fizeram um estudo dos processos educativos de 2 UBS da região do Butantã e analisaram o perfil deste processo, no período de 2004/2005, diferenciando educação continuada de educação permanente. Eram unidades mistas (PSF e unidade tradicional) com características semelhantes quanto ao processo educativo, predominando a forma educação continuada.

Não conhecia a diferença dos conceitos e acredito que o processo de educação permanente, que envolve mais interação e interdiciplinaridade apresenta muito mais potência na modificação das práticas, no sentido da integralidade do SUS. Ao contrário, a educação continuada parece perpetuar o modelo médico-assistencial, definindo papéis e elaborando a prática dentro de um padrão vertical, com um centro irradiador do saber para uma periferia que tem que se adequar ao conhecimento irradiado.

A idéia de rede está muito mais próxima da idéia de educação permanente do que de educação continuada. A hiperlinkagem, de blogs, de sites, de portais, de conexões de mídias diversas para se formar uma rede é muito semelhante ao propósito da educação permanente, falta, porém, a interação, elemento essencial tanto para a formação de redes, como para a educação permanente.

A interação continua sendo o enigma a ser desvendado para a transformação das práticas para as necessidades radicais de saúde, a interação é o elo da rede entre a saúde individual e a saúde coletiva, o elemento da formação cibercultural da saúde.