Ontem, participei da organização dos pesquisadores que irão fazer as entrevistas quali-quanti do projeto
CAEPS(
http://pesquisasco.blogspot.com/2007/02/o-projeto-caeps-dant.html), que investigará o perfil dos usuários de práticas complementares e integrativas das unidades da Região Centro-Oeste.
Foi quase uma operação de guerra organizar os mais de 80 pesquisadores que irão fazer as entrevistas de campo a partir do dia 17 de abril, indo aos grupos de Tai-chi, Meditação, Caminhada e Lian Gong das unidades, para aplicar as entrevistas.
Outras pesquisas do projeto CAEPS também iniciaram ou estão iniciando o preparo para a fase do "campo de pesquisa".
Assim como a elaboração da metodologia permitiu a aproximação entre o conhecimento teórico e o conhecimento prático, a vivência do campo pode ajudar na compreensão dos "jogos de linguagem" entre academia e serviços como propõe Contandriopoulos & Souza
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2004000200023&lng=pt&nr.
Mas superar os "jogos de linguagem" para efetivamente modificar as práticas de saúde pelo conhecimento científico ainda envolve barreiras quase intransponíveis entre o quotidiano da vida acadêmica e o quotidiano da vida prática dos serviços.
"Nesse sentido, a mais efetiva utilização do conhecimento científico ocorre no momento em que este passa a fazer parte do senso comum. Ou, melhor dito, quando a ciência se torna um meio de aumentar a capacidade de decisão de cada indivíduo e de toda a sociedade sobre como conduzir a vida. Para tanto, a ciência precisa ir ao encontro dos outros saberes que circulam na sociedade, promovendo a "segunda ruptura epistemológica", no dizer de Santos" (CONTANDRIOPOULOS & SOUZA).
Encontrar esta "segunda ruptura epistemológica" como propõe Boaventura Sousa Santos(Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal; 1989) pode estar num trabalho em rede, o enigma da teia.